Monday 28 April 2014

Joao Paulo II e Joao XXIII, os legados dos novos santos canonizados

Proximo video: Perguntas sobre padres: porque nao se casam, etc...


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Joao Paulo II sem rancores pelo homem que o tentou matar a tiro. 
Joao XXIII, antes de ser papa, chegou a falsificar certidoes de batismo a judeus no tempo do nazismo salvando assim centenas de pessoas

VIDEOS
A Historia de Joao Paulo II
https://www.youtube.com/watch?v=RZMcJGSRIsw
Os ultimos dias - historias nunca antes contadas (INGLES)
https://www.youtube.com/watch?v=BwTOLL404JA

CURIOSIDADE: Joao Paulo II detem o recorde mundial de conseguir aglomerar o maior numero de pessoas num so sitio! 5 Milhoes reuniram-se na Jornada Mundial de 1995 nas Filipinas pela celebracao da Eucaristia.



Bergoglio (actual Papa Francisco) narra como conheceu Joao Paulo II
"Conheci pessoalmente a João Paulo II, em dezembro do ano em que o cardeal Martini foi nomeado arcebispo de Milão. Tenho esta referência porque não lembro exatamente o ano. Nessa circunstância rezei o Terço guiado pelo Servo de Deus e tive a clara impressão de que ele ‘rezava a sério’". Fala também de um segundo encontro com o Papa em 1986-87, "por ocasião da segunda viagem que fez na Argentina, e o núncio quis que encontrasse o Servo de Deus na nunciatura com um grupo de cristãos de várias denominações. Tive uma breve conversa com o Santo Padre e, particularmente, me tocou desta vez, o seu olhar, que era um bom homem".
O terceiro encontro aconteceu em 1994, "quando era bispo auxiliar de Buenos Aires e fui escolhido pela Conferência Episcopal Argentina para participar do Sínodo dos Bispos sobre a Vida Consagrada, que aconteceu em Roma. Tive a alegria de almoçar com ele, junto com um grupo de prelados. Gostei muito da sua afabilidade, cordialidade e capacidade de escutar a cada um".
E assim vai narrando outros encontros, onde "tive a oportunidade de apreciar mais ainda a sua grande capacidade de escuta em relação aos outros". E acrescenta que "nos colóquios pessoais que mantive ao longo do tempo com o Servo de Deus, tive confirmação do seu desejo de escutar o interlocutor sem fazer perguntas, alguma vez ao final, e especialmente demonstrava claramente não ter nenhum preconceito".
O então cardeal de Buenos Aires, continua explicando que outro aspecto que sempre o comoveu do Santo Padre "era a sua memória, diria quase sem limites, porque lembrava lugares, pessoas, situações das que tinha sabido também durante as viagens, sinal de que prestava a máxima atenção em cada circunstância e especialmente nas situações das pessoas que encontrava". Bergoglio narra um episódio especial em que experimentou isso: "ele não perdia tempo normalmente, mas gastava bastante tempo quando, por exemplo, recebia os bispos. Posso dizer isso porque como bispo de Buenos Aires tive encontros pessoais privados com o Servo de Deus, e eu, sendo um pouco tímido e reservado, pelo menos em uma ocasião, depois de ter falado das coisas que eram objeto dessa audiência, fiz o gesto de levantar-me para não fazê-lo perder tempo, como eu imaginava, mas ele me segurou por um braço, me convidou a sentar-me novamente e me disse: não, não, não! Fique’, para continuar a conversar".
Da mesma forma relembra sua maneira particular de se preparar para a celebração eucarística. "Ele estava ajoelhado em sua capela privada em oração e vi que de vez em quando lia algo numa folha que tinha diante e apoiava a testa nas mãos e estava claro que rezava com muita intensidade por isso que, acho que era uma intenção que ele tinha escrito nessa folha, depois relia alguma outra coisa na mesma folha e retomava a atitude de oração e assim sucessivamente até terminar, então se levantava para colocar-se os paramentos", explica Bergoglio.
No que diz respeito à vida do Servo de Deus, o cardeal de Buenos Aires acrescenta que "no que se refere ao último período de sua vida é sabido por todos, até porque eles não colocaram limites aos meios de comunicação e de informação, como ele soube aceitar as próprias doenças e sublimá-las colocando-as no seu plano de realizar a vontade de Deus". Da mesma forma salienta que "João Paulo II nos ensinou, não escondendo nada aos outros, a sofrer e a morrer, e isso, na minha opinião, é heroico".
Em seguida, o então papa Francisco expressa a sua opinião sobre as virtudes e a piedade do papa polonês. "Nas breves lembranças que narrei anteriormente sobre o meu conhecimento do Servo de Deus, referi instintivamente as minhas impressões sobre as várias circunstâncias, destacando substancialmente o exercício das virtudes humanas e cristãs por sua parte. Não se esquece a sua particular devoção à Nossa Senhora, que tenho que dizer que influenciou também a minha piedade".
Para concluir, o cardeal Bergoglio refere-se à sua fama de santidade, onde afirma que "não tenho conhecimento de dons particulares, dons carismáticos, de fatos sobrenaturais ou fenômenos extraordinários do Servo de Deus em vida. Eu sempre considerei a João Paulo II um homem de Deus em vida a, dessa forma, a maior parte das pessoas que de alguma forma estavam em contato com ele". E finalizava o purpurado de Buenos Aires: "sua morte, como já disse, tem sido heroica e esta percepção, acho que é universal, basta pensar nas manifestações de carinho e veneração dos fiéis" e observa que "depois da sua morte a fama de santidade se confirmou pela decisão do Santo Padre Bento XVI de remover a espera dos cinco anos prescrita pelas normas canônicas, permitindo início imediato de sua causa de canonização. Outro sinal é a contínua peregrinação ao túmulo, de pessoas de todas as classes sociais e de todas as religiões".