Monday 7 October 2013

Sacramentos: a Crisma (Confirmacao)

Proximo video: Sacramentos - o Matrimonio.




Biblia:

Hebreus 6, 1-2: "Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus, da instrução a respeito de batismos, da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno."

Hebreus 5, 12-14: "Embora a esta altura já devessem ser mestres, precisam de alguém que ensine a vocês novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal."

2 Corintios 1, 21-22: "Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por vir."

Referencias ditas no video (imposicao das maos): Atos dos Apostolos 8 e 19.

Catecismo da Igreja Catolica (aconselho a leram dos paragrafos 1285 ate 1314):

1285. Com o Baptismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal. Com efeito, os baptizados «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo».

1287. Ora, esta plenitude do Espírito não devia permanecer unicamente no Messias: devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Repetidas vezes, Cristo prometeu esta efusão do Espírito promessa que cumpriu, primeiro no dia de Páscoa (Cf. Joao 20, 22) e depois, de modo mais esplêndido, no dia de Pentecostes (Cf. Actos 2, 1-4). Cheios do Espírito Santo, os Apóstolos começaram a proclamar «as maravilhas de Deus» (Actos 2, 11) e Pedro declarou que esta efusão do Espírito era o sinal dos tempos messiânicos. Aqueles que então acreditaram na pregação apostólica, e se fizeram baptizar, receberam, por seu turno, o dom do Espírito Santo.

1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido»,e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Actos 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias...

1290. Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui geralmente uma única celebração com o Baptismo, formando com ele, segundo a expressão de São Cipriano, um «sacramento duplo». Entre outras razões, a multiplicação dos baptismos de crianças, e isto em qualquer tempo do ano, e a multiplicação das paróquias (rurais), ampliando as dioceses, deixaram de permitir a presença do bispo em todas as celebrações baptismais. No Ocidente, porque se desejava reservar ao bispo o completar do Baptismo, instaurou-se a separação, no tempo, dos dois sacramentos. O Oriente conservou unidos os dois sacramentos, de tal modo que a Confirmação é dada pelo sacerdote que baptiza. Este, no entanto, só o pode fazer com o «myron» consagrado por um bispo.

1293. No rito deste sacramento, convém considerar o sinal da unção e o que essa unção designa e imprime: o selo espiritual. A unção, na simbologia bíblica e antiga, é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância e de alegria, purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas e torna radiante de beleza, saúde e força.

Relatos da Igreja Primitiva:


 
St. Hipolito de Roma (seculo III):
"O bispo, impondo a mão sobre eles, deve fazer uma invocação. Então, vertendo o óleo consagrado em sua mão e impondo-a sobre a cabeça do batizado, ele dirá, 'Eu te unjo com óleo santo no Senhor, o Pai Todo-Poderoso, e Jesus Cristo e o Espírito Santo. Marcai-os na testa, ele deve beijá-los e dizer: ‘O Senhor esteja convosco.’ Aquele que foi marcado dirá: ‘E com teu espírito’. Assim, ele deve fazer para cada um."

S.Cipriano de Cartago (seculo III): "Alguns dizem que no que diz respeito àqueles que foram batizados em Samaria que, quando os apóstolos Pedro e João foram lá, apenas as mãos foram impostas sobre eles para que eles pudessem receber o Espírito Santo, e que eles não foram re-batizados. Mas vemos, queridos irmãos, que esta situação em nada diz respeito ao presente caso. Aqueles em Samaria que haviam crido tinha acreditado na verdadeira fé, e foi pelo diácono Filipe, a quem esses mesmos apóstolos tinham enviado para lá, que eles tinham sido batizados dentro da Igreja. . . . Desde então, eles já tinham recebido o batismo legítimo e eclesiástico, não era necessário batizá-los novamente. Ao contrário, somente o que estava faltando foi feito por Pedro e João. A oração foi feita sobre eles e as mãos foram impostas sobre eles, o Espírito Santo foi chamado e foi derramado sobre eles. Esta é até agora a prática entre nós, de modo que aqueles que são batizados na Igreja, em seguida, são levados para os prelados da Igreja, através da nossa oração e da imposição das mãos, eles recebem o Espírito Santo e são aperfeiçoados com o selo do Senhor."

St. Agostinho (ano 400): "Batismo e a água tiveram. Você foi transpassado, por assim dizer, de modo que você pôde vir na forma de pão. Mas ainda não é pão, sem fogo. O que, portanto, o fogo representa? É a crisma. Pois o óleo de nosso fogo é o sacramento do Espírito Santo."


S.Basilio (ano 375): "Nós também abençoamos a água do batismo, o óleo da unção, e até mesmo os próprios batizados. Por virtude de quais escritos? Não é em virtude da (Sagrada) Tradição protegida?"